As atividades devem desafiar o pensamento das crianças e gerar conflitos cognitivos que os ajudem a buscar novas respostas
Smolka diz que podemos entender o processo de aquisição da escrita pelas crianças sob diferentes pontos de vista:
O ponto de vista mais comum onde a escrita é imutável e deve se seguir o modelo "correto" do adulto;
O ponto de vista do trabalho de Emília Ferreiro onde escrita é um objeto de conhecimento, levando em conta as tentativas individuais infantis;
E o ponto de vista da interação, o aspecto social da escrita, onde a alfabetização é um processo discursivo.
Cabe a nós educadores pensar nesses três pontos de vista e construir o nosso. Para a alfabetização ter sentido, ser um processo interativo, a escola tem que trabalhar com o contexto da criança (letramento), com histórias e com intervenções das próprias crianças que podem aglutinar, contrair, "engolir" palavras, desde que essas palavras ou histórias façam algum sentido para elas. Os "erros" das crianças podem ser trabalhados. Ao contrário do que a maioria das escolas pensam, esses "erros" demonstram uma construção, e com o tempo vão diminuindo, pois as crianças começam a se preocupar com outras coisas (como ortografia) que não se preocupavam antes, pois estavam apenas descobrindo a escrita. Errar faz parte do processo de construção, mas o que o professor não pode deixar acontecer é que a criança passe por ele sem repensar sua atuação, para isso ele deve fazer intervenções inteligentes que coloque seu aluno para reestruturar suas idéias.
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